20.5.08

Estômago - O Filme

Estive ontem no espaço Unibanco para assistir a um filme que estava curioso desde seu lançamento.


Com um tema interessante, Estômago cria um clima diferente, que confesso ainda não tinha “experimentado” no cinema nacional.

Com seqüências inusitadas e “recheado” de surpresas o filme conta a trajetória (ou as trajetórias) de Raimundo Nonato (João Miguel) que chega à São Paulo como todo bom migrante de todos os filmes brasileiros (assistam “Marvada Carne”!) e acaba se deparando com uma chance de aprender a arte da culinária.

Vale dizer que sabemos que chegou a São Paulo pelo Prédio do Banespa, o mercadão e o Pátio do Colégio, mas não pela rodoviária... que rodoviária era aquela?

A semelhança com outros filmes que contam trajetórias de heróis que partem do sertão para a cidade grande, acaba quando o filme nos apresenta duas narrativas, claramente tempos diferentes da história de Nonato, aprendendo como ter poder através de seus pratos apreciados do boteco do centrão à penitenciária, passando por uma cantina italiana (que prefiro não pensar que tem relação com a co-produção Ítalo-Brasileira do filme).

O filme ganha mais “sabor” com os sotaques e modos de falar dos personagens, que começa com o Raimundo quando vai apresentar o queijo a seu companheiro de cela Bujiu:

RAIMUNDO: É gorgonzola! Esse queijo tem esse nome por causa do nome da cidade onde ele foi inventado, na Itália, ali bem pertinho dos Estados Unido...

BUJIÙ: Ô Alecrim, esse gorgonzola pode ser o queijo do caralho que for, meu irmão, tu pode fazê o que quiser com ele, mas esse negócio não vai ficar aqui dentro nem fudendo!

O sotaque da Íria (Fabiula Nascimento), com seu jeitão paranaense de falar também deu um molho legal pra história.

Cada personagem tem seu momento interessante, como “Seu Zulmiro” (Zeca Cenovicz) e seus “fiadaputa” – quanto xinga Nonato por ter ido embora do boteco - e, é claro a participação de Paulo Miklos com seu personagem “Etecetera”.

Sugiro uma visita ao cinema mais próximo que ainda exiba o filme (veja em http://www.google.com.br/movies - colaboração de Fernando Souza).

Dica: Não coma nada antes de ir!

3 comentários:

Cassiano Bühler disse...

A rodoviária, o centro histórico, o presídio e várias cenas foram gravadas em Curitiba. Assim como os paulistanos acharam estranho, pois reconhecem metade dos pontos do filme, também assim o acharam os curitibanos, pois metade do filme é em Curitiba e o restante mistura com São Paulo.
Mas, enfim, o filme é excelente!

LeoPalagi disse...

Valeu pela informação, Cassiano.

Concordo... o filme é excelente, fiz uma baita propaganda dele!

Abraços

Anônimo disse...

A Rodoviária mostrada no filme é a de Curitiba, Ao que me parece a idéia foi de não identificar qual é a "Cidade Grande" para gerar esse tipo de multiplicidade, não se atendo muito com o realismo.