28.12.09

Troller T4 na enchente, aproveitando oportunidades de marketing

Vi como uma notícia da record, no dia de uma das maiores enchentes que a capital já viu nos últimos tempos. O carro eu não reconheci de primeira...

Já as comunidades de jipeiros reconheceram e comentaram exaustivamente sobre o feito daquela Troller T4...

Em seguida a montadora Troller lança seu novo comercial, explorando a mesma cena.



Vi primeiro na TV e me chamou atenção como há tempos não acontecia com um comercial, e mais, ainda lançaram um hot site do assunto.

Troller na EnchenteLá eles monstram o vídeo e perguntam "Este troller é seu?". Com um formulário para preencher e enviar dados, informações e foto, sem promessas de premiação.

Uma produção simples, claramente feito as pressas, mas com a quantidade necessária de recursos e informações o suficiente pra gerar uma quantidade enorme de mídia expontânea numa época em que todos estão falando somente de sol e praia.

Provavelmente estará nas palestras do ano que vem. Vamos ver...





30.11.09

Twitter pago? Contas premium? Devolvam meu conteúdo!!!


[update 30/11 - 12h03]
Ao que parece, a informação do modelo de cobrança foi um mal-entendido durante uma palestra - veja mais aqui. Mas a discussão sobre restrição do acesso é valida e continua =) [/update]


Rodrigo Zannin escreveu no Brainstorm #9 sobre o novo modelo do twitter para (tentar) gerar receita através de cobrança para acessar conteúdo de usuários definidos como “premium”.

Não gosto de fazer post para comentar post, isso eu já fiz lá no B#9, na área de comentários. Mas o assunto acendeu uma fagulha que há tempos estava esquecida por mim:

“Alguém pagaria por conteúdo no modelo atual de comunicação colaborativa que alcançamos hoje?”

O modelo de cobrança do twitter é para o Japão, mercado do qual desconheço, e que segundo algumas pessoas que comentaram o post do B#9, japonês é um publico que paga por conteúdo.

Mas quem produz este conteúdo que os japoneses pagariam para acessar?

Ou ainda, quem produz o conteúdo do portal de notícias? Da Revista? Do Jornal, Do programa de TV?

Nós estamos produzindo todo o conteúdo que é trocado e consumido por nós mesmos...

Eu por escrever este post, você que vai tuitá-lo ou deixar um comentário, o Rodrigo do Brainstorm que me inspirou a discordar de seu post (rs rs), e todos os outros que de alguma maneira vão linka-lo ou comentá-lo são os produtores de conteúdo.

Se um portal de “acesso restrito” ler tudo isso que comentamos e publicar uma notícia sobre o assunto em sua “área para assinantes”, é justo alguém pagar por isso? É justo usar as fontes que estão aí, livres para quem quiser, e me cobrar para acessar uma “compilação” de tudo isso?

É justo cobrar para ler o que o mundo está ajudando a produzir?

O que me diz?

28.10.09

Caso "Puta da Uniban" - Minha análise

Se você não ouviu falar do caso da "Puta da Uniban", o resumo é que uma garota usou um vestido curto para ir a sua aula, os rapazes (e algumas moças) se excitaram e tentaram assediá-la (ou pior), o que a obrigou a sair da faculdade escoltada pela PM sob xingamentos da massa infamada gritando "Puta! Puta!".

Pensei em traçar um paralelo com idade média, caça as bruxas, inquisição, chiliques de moleques recalcados enrustidos, mas o Boteco Sujo fez algo parecido de maneira muito eficaz (leia lá que ele detalha melhor), então decidi apenas mostrar duas situações sob a máxima “A massa não pensa, pulsa” e deixar que vocês tirem suas próprias conclusões:

Primeiro conheça o caso de um trabalho de estudantes em conjunto em "Puta da Uniban" [atualização 29/10 - removeram o vídeo, então troquei por outro "menos instrutivo" mas dá pra entender]:



Agora conheça o caso de um trabalho de estudantes em conjunto em "LIPDUB - I Gotta Feeling":



E tirem suas próprias conclusões do que quero dizer.

7.10.09

Reportagem: 140 caracteres de oportunidades

Fui convidado novamente a participar de uma matéria para a Revista WebDesign (na edição de outubro) agora para falar de Twitter, assunto que gosto bastente de debater.

Como sempre é um prazer responder as questões que eles enviam, sempre muito bem pensadas e divertidas de responder por levarem a reflexões bacanas.

Além desta matéria a revista trouxe como capa um artigo sobre Realidade Aumentada - onde a própria capa levava a uma experiência de RA.

Parabéns a equipe da Arteccom que sempre traz estas informações bacanas.

E seguindo a regra, abaixo compartilho com vocês, na íntegra, minhas respostas para compor a matéria:

Revista WebDesign: As mídias sociais se tornaram a grande coqueluche nos últimos dois anos, atraindo grande atenção por parte dos usuários e das empresas. Dentre as opções disponíveis, o Twitter desponta como um dos ambientes mais promissores nesta área. Em sua opinião, quais são as principais transformações que o Twitter traz para a estratégia de comunicação das marcas?

Léo Palagi: As marcas presentes no twitter têm criado um relacionamento mais próximo com seus consumidores principalmente pela possibilidade de comunicação imediata que a ferramenta proporciona.

Além disso, podemos usar o twitter como termômetro do que se diz sobre a marca na web, tomando decisões e efetuando manobras pontuais de maneira mais rápida através de searchs de tags específicas.

O maior impacto que se apresenta nas estratégias de comunicação com esta ferramenta seria a velocidade com que a informação é propagada, exigindo uma atenção contínua das marcas e conseqüentemente maior flexibilidade de ação.


Revista WebDesign : Por outro lado, quais são as oportunidades e as possibilidades que o Twitter pode trazer para o portfólio de serviços de uma agência digital e de um profissional freelancer? Que tipos de serviços podem ser prestados por agências dentro deste ambiente?

Léo Palagi: Se (muito) bem planejado, o investimento em mídia pode ter uma redução considerável quando direcionamos a divulgação da ação ao twitter.

O que antes seria investido em uma concorrência por links patrocinados ou banners em regime de CPM, pode ser redirecionado para planejamento em ações no twitter que trazem outros benefícios de médio prazo.

Uma ação na ferramenta pode reduzir a quantidade de compra de mídia permitindo que a verba seja utilizada em outras ações, mas é importante lembrar que uma coisa não substitui totalmente a outra.


Revista WebDesign: Quais são os parâmetros que vocês utilizam na hora de recomendar a um cliente a entrada em uma determinada mídia social? No caso do Twitter, quando é recomendado que uma empresa passe a fazer parte deste ambiente de uma maneira adequada e eficaz?

Léo Palagi: Consideramos que qualquer marca minimamente conhecida já está presente nas mídias sociais antes mesmo que decida entrar de fato.

Seja em comunidades em uma rede (como Orkut) ou com resenhas em blogs ou comentários no twitter, provavelmente alguém já falou sobre você em algum momento.

O papel da agência é tonar esta marca ativa nesta mídia e iniciar um relacionamento com seu consumidor.

O primeiro passo é não ter “teto de vidro”.

Analisamos qual é a situação da marca na rede para entender se há algo que precisa ser readequado antes que a marca comece a atuar de fato.

No twitter não é diferente, deve-se ouvir antes, seguir pessoas que tem relação com seu mercado alvo para entender qual será o modelo de aproximação.

Gerar conteúdo relevante que crie interesse ao usuário é um dos modelos, mas cada caso deve ser analisado separadamente.


Revista WebDesign: Recentemente, o guru da usabilidade, Jakob Nielsen, publicou um artigo apresentando algumas dicas sobre design iterativo no Twitter (http://www.useit.com/alertbox/twitter-iterations.html) e as questões de usabilidade em textos mais curtos na web. Diante disso, e de toda a recente discussão sobre o caso “Sasha/Xuxa/sena”, já é possível apontar algumas boas práticas na hora de se produzir e publicar conteúdo através do Twitter?

Léo Palagi: Poderíamos tratar de diversas regras diferentes de como agir, mas a regra de ouro é: “Seja Relevante!”

Temos pouquíssimo tempo para atrair a atenção e dar uma informação no twitter, por isso normalmente oferecemos um link para prosseguir a leitura, mas precisamos ser objetivos e publicar conteúdo interessante aos seus seguidores.

Se seu perfil for entendido como pouco relevante – e isso vale para perfis de empresas ou pessoas – com certeza perderá seguidores e com isso o famoso “capital social” diminui.

O caso “Xuxa e sua filha” mostra alguns exemplos.

Em primeiro lugar, o poder de fogo da fama que a rainha dos baixinhos trouxe da TV lhe garantiu alguns seguidores, mas diferente da TV, o twitter é uma via de mão dupla.

Se o que falo não tem relevância eu perco seguidores, mas pior que isso, se falar bobagens, além de perder seguidores terei réplicas que as vezes poderão ter tom agressivo, e quando estou usando este tipo de ferramenta tenho que estar preparado pra isso.

A Xuxa não estava!

Revista WebDesign: Na edição de setembro da Revista TIdigital, na seção Newwws, o colunista Alexandre Fontoura divulgou que, “de acordo com a pesquisa da Pear Analytics (http://migre.me/6hKz), cerca de 40% dos tweets contam fatos sem interesse sobre a rotina do usuário e 37% são conversas entre usuários. A consultoria selecionou duas mil mensagens publicadas no Twitter entre as 11h e as 17h durante duas semanas. Mensagens que repliquem conteúdos de outros usuários, conhecidas como retweets, foram responsáveis por 8,7%, seguidas pelos tweets autopromocionais, em que empresas anunciam novos produtos ou serviços e promoções, com 5,8% da amostra”. Pensando nisso, quais são os dados e os elementos fundamentais para se montar um processo de monitoração em relação à multiplicação instantânea e imediata de opiniões sobre uma marca publicadas neste ambiente?

Léo Palagi: A primeira prática é monitorar constantemente a palavra chave (ou tag) que se relaciona a sua marca.

Uma visita ao http://search.twitter.com/ com buscas diretas pelo nome de sua marca, ou ainda palavras que podem estar relacionadas ao seu produto, serviço e concorrentes seriam as primeiras medidas para entender o que se diz na ferramenta.

Mas muita coisa deverá ser filtrada.

Com todo este “buzz” gerado em torno da ferramenta, muitos tendem a levar qualquer punhado de twitts como a verdade absoluta, o que pode levar a um grande erro.

Quando monitoramos o que se fala no twitter, temos que levar em consideração qual a força de quem está falando – conseguimos isso checando quantidade de seguidores do “tuiteiro” e, mais a fundo, seguidores de seus seguidores.

Dessa maneira determinamos o quanto a mensagem (ou mensagens) foi relevante antes de tomá-la como verdade.

É muito importante que além da monitoração de tags citadas no twitter e capital social de quem as citou, sua pesquisa esteja cruzada com outras mídias como blogs e comunidades em redes sociais. O twitter não é o único ponto de contato com seu consumidor.


Revista WebDesign: No artigo “Cuidado com os especialistas em mídia sociais” (http://migre.me/6hBQ), André de Abreu faz uma análise interessante sobre o momento do mercado web e alerta que “a história já provou: a novidade atrai os novos profetas”. Diante disso, quais são os erros mais comuns que podem determinar um grande #fail de uma empresa na hora de marcar presença no Twitter? É possível citar um exemplo deste cenário que sirva de lição para que o mesmo erro não seja cometido novamente?

Léo Palagi: O sintoma dos “especialistas em mídias sociais” é semelhante aos especialistas em web no final dos 90s ou o “site do sobrinho”, onde se criou a lenda de que investir em web tinha baixíssimo custo, retorno alto, aumento de vendas e sucesso garantido.

O investimento neste meio requer pesquisa e planejamento tão grande ou maior do que uma ação para as “mídias tradicionais” como a TV, pois após um erro não terei chance de “tirar meu twitt do ar” ou parar de veiculá-lo.

Um erro simples, mas que acaba sendo pouco notado por motivos óbvios, é não ter uma estratégia bem definida e com isso não alcançar a propagação que se esperava. Tuitar não garante alcançar seu público.

Vejo algumas empresas de médio porte criarem perfis de twitter e iniciarem seu relacionamento sem uma prévia análise do que está acontecendo ao seu redor, é um sintoma semelhante a explosão do Orkut no Brasil, quando várias empresas criaram comunidades de suas marcas e nunca alcançaram massa crítica de usuários cadastrados.

A publicidade velada é outro caso um tanto controverso nesta mídia.

Recentemente experimentamos o caso da Puma, que convidou tuiteiros e blogueiros a falar de um determinado produto em troca de brindes da marca.

Pelo tom pouco transparente que a campanha propunha, ela acabou sendo aberta ao público por diversos blogs e ridicularizada na rede. Ponto negativo para marca, para o produto e para a agência que vai ter problemas em futuras ações do tipo.

http://upalupa.wordpress.com/2009/08/18/o-que-nao-fazer-numa-campanha-de-midias-sociais/

Relevância e transparência são os pilares iniciais para ações em mídias sociais, e no twitter não é diferente. Se vamos abordar o consumidor através destas mídias, devemos deixar muito claro quem somos e oferecer algo que lhe interesse.


Revista WebDesign: No livro “Tudo que você precisa saber sobre o Twitter (você já aprendeu em uma mesa de bar)” (http://www.scribd.com/jspyer), Juliano Spyer aponta que “há três anos, o ‘futuro da mídia’ chamava-se Digg.com. Recentemente a coroa passou ao Facebook - que parece estar sendo destronado pelo Twitter. E já existem especulações sobre quem será o novo sucessor”. Em sua opinião, o Twitter veio para ficar? É possível prever qual será o seu futuro (diante, por exemplo, do crescimento no uso dos dispositivos móveis e sua adequação ao modelo do Twitter)? E ainda: existe a possibilidade de acontecer a mesma moda passageira que culminou no fracasso do Second Life, por exemplo?

Leo Palagi: Na internet temos uma tendência muito forte de associar conceitos às ferramentas.

O Second Life é uma ferramenta, que nos leva a criação de avatares para interação social em 3D. Pode não estar mais na moda, mas temos diversos outros mundos virtuais que estão aí acontecendo, como o Word Of Warcraft ou Sims online, entre outros.

Ferramentas não vêm pra ficar, sempre são passageiras, e o Twitter é uma ferramenta. Aproveite enquanto é tempo!

O que ficam são modelos de trocar informações, de trocar idéias de se comunicar, estes sim deverão durar por mais tempo e evoluir conforme novas ferramentas surgirem.

Mas o Twitter, além de ser uma ferramenta, nos trouxe um destes novos modelos, onde falo ao vento (http://www.youtube.com/watch?v=PN2HAroA12w), mas tem sempre alguém pra me ouvir, criticar, somar idéias, e tudo isso muito rápido, ao vivo.

O twitter provavelmente vai ter um sucessor em breve, mas este modelo de comunicação ainda dura muito tempo.


Revista WebDesign: Quais dicas de leitura você recomendaria para o profissional que deseja se aprofundar neste assunto?

Leo Palagi:
1 - Marketing IdeaVirus – Seth Godin – trata da propagação da comunicação da web e seus desdobramentos.

2 – Redes Sociais na Internet – Raquel Recuero – trata do impacto das redes sociais sobre as relações humanas e a busca de capital social

3 – Twitter Brasil – (www.twitterbrasil.org) – Blog que traz novidades sobre a ferramenta


Revista WebDesign: Por favor, indicar dois exemplos de ações/projetos/campanhas que representem o uso adequado do Twitter, justificando sua escolha em três linhas.

Leo Palagi:
Twestival (http://saopaulo.twestival.com)

Um evento totalmente promovido através do twitter e reúne diversos formadores de opinião e empresas patrocinadoras por uma ação social - beneficiar instituições carentes ao redor do mundo. Tem total transparência no que faz e trabalha o tempo todo em engajamento e geração de conteúdo de usuários.

Camiseteria (http://www.camiseteria.com.br)

Divulga informações da marca de maneira muito leve e permissiva, convida os tuiteiros para participar de promoções que são sempre bem aceitas por serem divertidas, promove lançamentos de seus produtos e da feedbacks para reclamações ou problemas com seu e-commerce.

2.9.09

Já fez sua doação pelo PagSeguro? Veja como é simples.

Vimos que tinha gente achando que era difícil doar pelo PagSeguro, então fiz um passo a passo de como doar – e já aproveitei pra fazer minha doação.

Veja como é simples:

Acesse http://migre.me/5Fqx (este link vai te levar para a área de doações do TwestivalSP no PagSeguro)

Não é necessário ter uma “Conta PagSeguro”, apenas preencha o formulário que vai ser exibido, como explicado abaixo:

1 - Digite o valor que você quer doar (a transação usará cartão de crédito ou boleto e o valor será TOTALMENTE repassado ao Doutores da Alegria – Pag Seguro ou Twestival não ganharão nada)

2 - Preencha seu CEP (ele vai encontrar seu endereço sozinho) e Conclua com os dados do seu endereço (número e complemento)

3 - Preencha seu nome e seu telefone fixo (nãopode ser celular)

4 - Preencha o e-mail onde deseja receber o recibo da transação
(este dados são sigilosos e usados apenas para contatos de confirmação caso necessário)

5 - Clique em continuar

6 - Escolha a forma que deseja transferir sua doação

7 - Confirme e preencha os dados requisitados de acordo com sua escolha de forma de pagamento.

8 - Pronto, tuite pra glera que você já doou e convide mais gente pra fazer doações

1.9.09

Tuitando do Roda Viva...

Fui convidado para participar do Roda Viva como “Twitter no Estúdio”, fazendo a cobertura “tuiterística” ao vivo, durante toda a gravação do programa.

Eu (@leopalagi), Pedro Salma (@pedrosalma), Julio Moraes (@juliomoraes) e Erica Pedrosa (flickr - http://migre.me/6fIs) vimos como é essa história de Transmissão Participativa que o programa promove.

Tuitamos freneticamente sobre a entrevista, que levou Maurício de Sousa (@mauriciodesousa) ao centro do Roda Viva, contando como iniciou sua carreia, como conduz seu estúdio e quais são seus projetos futuros.

Eu que já apreciava o sujeito fiquei impressionado, não somente com suas histórias de vida ou do sucesso que alcançou, mas sim com o empresário decidido e esclarecido que é.

Maurício de Sousa, além de um ótimo desenhista e roteirista é um dos empreendedores mais engajados e ativos que já tive a oportunidade de conhecer, sempre buscando inovação e diferenciação, numa batalha árdua e agressiva contra concorrência - que ele não hesita em citar inluindo a Disney

Isso mostra que talento te leva longe, mas saber empreender fará a diferença para o quão longe você irá.

Não vou transcrever a entrevista aqui por que além de chato, eu não seria eficaz, mas você tem os melhores momentos (editados pela Cultura), o áudio do programa (na íntegra), o chat que rolou durante o programa e os twitts do pessoal no IPTV Cultura, no link http://migre.me/6fKQ.

Parabéns a TV Cultura pela ótima iniciativa da Transmissão Participativa que espero que ainda seja portada para outros programas.

31.8.09

TwestivalSP - Venha você também!

No próximo dia 11/09 acontece o segundo Twestival São Paulo, evento de tuiteiros que aconteceu pela primeira vez na cidade em fevereiro deste ano, em versão global, beneficiando o Charity:Water (mais aqui).

Nesta edição, o TwestivalSP beneficia a ONG Doutores da Alegria, que leva atores aos hospitais para divertir crianças que estão internadas.

Na primeira edição a Red Cube (agência da qual sou sócio) doou a criação e produção das camisetas oficiais do evento, que foram vendidas e revertidas em doações.

Agora, no evento local, estou participando da organização junto com o organizador oficial Fernando Souza, além de levar os recursos da Red Cube para produzir a direção de arte do evento.

Para saber mais acesse http://saopaulo.twestival.com, e se estiver interessado em ajudar o evento, veja o media kit abaixo.



O evento acontecerá no dia 11/09 no Espaço Gafanhoto/Pix a partir das 20h00

19.8.09

Revista Prime News #01

Foi lançada em agosto a mais nova publicação pernambucana de negócios, a Prime News, revista digital que trata de diversos assuntos sobre negócios, com foco no cenário pernambucano.

Para o primeiro número tive a honra de ser convidado para falar de Web 2.0, assunto que direcionou a capa desta edição; "Negócios 2.0"

A edição traz ainda uma entrevista com o Gestor de Marketing Critiano Andrade, matéria sobre "Marketing Sustentável", A história do sistema econômico mundial, entre outras.

Gostei do resultado da revista e digo que vale leitura.



Abaixo você lê na íntegra todas as respostas que dei à revista para compor a matéria:

Revista Prime News - Mídias digitais, o que são e como funcionam?

Léo Palagi - Desde os velhos disquetes, até o mais avançado celular, mídias digitais são veículos ou aparelhos que utilizam a tecnologia digital para a transmissão ou comunicação de informações.

O que a torna tão diferente, trazendo esta “revolução digital” que estamos vendo hoje, é sua facilidade em ser alcançada e utilizada por todos, permitindo que pessoas que antes eram meros espectadores da história, passem a participar e opinar, sem mediação dos grandes veículos tradicionais.

Hoje, com um computador ou um celular, temos acesso ininterrupto à informação. Tomamos conhecimento dos fatos sem o filtro dos veículos de mídia. Anônimos se tornam famosos criam novos produtos e contribuem para a sociedade em uma velocidade jamais vista nos meios de comunicação.

Revista Prime News - Quais as oportunidades que as Mídias Digitais proporcionam para o mundo corporativo?

Léo Palagi - Há um número infinito de oportunidades, já que o limite das mídias digitais está na necessidade das empresas e na criatividade de quem as produz.

Podemos chamar o bom e velho e-mail de “mídia digital”, e todos sabemos que há tempos ele é uma ferramenta indispensável no mundo corporativo.

Sites institucionais, também mídias digitais, já são peças obrigatórias na comunicação de uma empresa há muitos anos.

Existem grandes empresas que nasceram “importando” modelos tradicionais para as mídias digitais criando novos negócios a partir de negócios comuns do meio físico – como as lojas virtuais.

A grande diferença está em como utilizá-las. Em encontrar um diferencial e não ter receio de aplicar idéias inovadoras, que são sempre as que cairão no gosto popular e se tornarão os grandes casos de sucesso.

Revista Prime News - O que é internet 2.0? Qual a diferença que ela traz?

Léo Palagi - Poder para o povo! Assim poderíamos definir a internet 2.0 ou Web 2.0.

No início a internet era uma espécie de “reprodução de folhetos” impressos que permitiam pouca interação com seus usuários.

Um conjunto de ações que ofereceram ferramentas onde os usuários da internet podem produzir, trocar, avaliar e escolher o conteúdo a ser consumido foi o início do conceito de Web 2.0.

O consumidor quer participar, quer agir, e este modelo proporciona os recursos necessários para isso, levando a informação a um novo entendimento, onde ela é criada de maneira colaborativa por todos os usuários que participam da rede.

As empresas, por sua vez, não estão livres desta onda de informação colaborativa. Uma falha, um produto ruim ou um mau atendimento são logo divulgados e comentados pelos consumidores.

Sem as ferramentas de Web 2.0 isso não seria tão fácil.

Revista Prime News - Qual o perfil das empresas que podem usar as redes sociais a seu favor? Qualquer empresa pode se beneficiar com esses recursos que a internet 2.0 proporciona?

Léo Palagi - Não há perfil definido.

Como dito, as empresas não tem muita escolha, o consumidor vai falar de sua marca, cabe a elas decidir se querem participar ou não da conversa.

Qualquer empresa pode (e deve) utilizar as redes sociais, tanto para medir a atitude do consumidor em relação as suas marcas nestes meios, quanto para buscar influenciar a decisão de compra de seu produto ou serviço.

Existem diversos casos de empresas que tem feito este trabalho muito bem.

Entre os casos que provam que qualquer empresa pode se beneficiar dos recursos das mídias sociais, temos bancos, seguradoras, empresas da área da saúde e até empresas da área de logística fazendo ótimos trabalhos nas redes.

Revista Prime News - Como eu sei que o meu produto tem demanda nas redes sociais?

Léo Palagi - O Brasil é um dos países que mais usa Internet, e é claro, se usa muitas redes sociais por aqui. Então seu produto já tem demanda nas redes sociais, e provavelmente já está sendo comentado pelos seus usuários.

Por aqui, um dos maiores termômetros de atitude em redes sociais é o Orkut. Os brasileiros são líderes mundiais em utilização desta rede no mundo, por isso se quer saber o que dizem de sua marca nessa mídia, comece por ele.

Revista Prime News - Como começar a interagir com as redes? O investimento é alto? O retorno é a curto, médio ou longo prazo?

Léo Palagi - Para cada caso as variáveis mudam muito, o que torna difícil apresentar uma estimativa geral.

Uma busca no Orkut por palavras chave relacionadas ao seu produto ou sua marca para verificar o que os usuários da rede estão falando já seria uma maneira de interação com as redes. O retorno é imediato e o investimento monetário é zero. Gasta-se apenas tempo para coletar e analisar os dados.

Já uma ação mais profunda, para criar relacionamento com o consumidor, leva mais tempo, pois um dos fatores essenciais é conquistar a confiança do público para que tenha a permissão de começar a falar dentro de seu espaço.

Revista Prime News - Como criar e acompanhar uma campanha pela internet?

Léo Palagi - A criação não é muito diferente da campanha nos meios tradicionais.

Deve criar um argumento consistente, e principalmente ter muita transparência no que está dizendo.

O poder de propagação é enorme, tanto para aspectos positivos quanto para negativos, por isso a criação da campanha deve levar em consideração que o usuário vai falar dela.

Dar espaço para o consumidor participar e colaborar de alguma maneira, além de ser uma maneira de aproximá-lo de sua campanha, pode ser a diferença para o sucesso, já que a grande palavra do momento é participação.

Acompanhar é talvez o fato mais interessante de campanhas on-line.

Os meios digitais proporcionam uma enorme quantidade de métricas de todos os tipos. É possível analisar dados com uma segmentação tamanha que podemos avaliar dados específicos de um único consumidor, se assim desejarmos.

Revista Prime News - Qual o alcance de campanhas estritamente digitais com relação a campanhas destinadas especificamente para veículos tradicionais?

Léo Palagi - As mídias tradicionais ainda impactam um maior número de consumidores, sem dúvida. Porém não é tão focado quanto as mídias digitais.

Na internet, consigo focar minha comunicação a um publico específico, medir o retorno da ação e manter um diálogo muito mais duradouro com um investimento muito menor do que nas mídias tradicionais.

A situação ideal é desenvolver ações que envolvam um mix de ambos os meios, fazendo com que um dê continuidade ao outro e com isso reforçando a ação e a presença da marca na mente do consumidor.

Revista Prime News - Qual é a diferença em divulgar em site oficial e usar as redes sociais?

Léo Palagi - A abrangência que se tem em uma ação em redes sociais é sem dúvida muito maior do que uma ação pontual no site institucional da marca. A começar pelo público que vai ser impactado.

Nem todos os consumidores chegam ao site oficial da empresa, mas provavelmente tem perfis em alguma rede e freqüentam comunidades de seu interesse pessoal para trocar informações.

Estar nestas comunidades aumenta as chances da empresa alcançar seu público alvo, pois está mais próxima dele.

Um estudo do IBOPE/Net Ratings (http://migre.me/35A) mostrou que campanhas on-line de montadoras partindo de blogs ou outras redes sociais podem ter um impacto 500 vezes maior do que se as mesmas partissem dos sites das próprias empresas.

10.8.09

Workshop sobre Mídias Sociais no Grupo Accor

O primeiro workshop Red Cube de mídias socias foi apresentado no Grupo Accor no último dia 5 de agosto.

Com suporte da Mari e do Gustavo da Red Cube, abordei diversos conceitos sobre este tipo de mídia, apresentando caminhos para o pessoal da Ticket, Ticket Seg e Accentiv começarem o engajamento neste meio.

Foi um enorme prazer fazer a primeira apresentação corporativa, para um pessoal tão importante quanto este! =)

Abaixo deixo o PPT do evento, e se quiser , veja algumas fotos no album da Red Cube.

28.7.09

Porque vou sair da Locaweb...

Uso a Locaweb há alguns anos e no começo não tinha grandes problemas com ela. Até gostava e sugeria aos clientes... Até convenci alguns a migrar.

A Locaweb cresceu, se tornou muito conhecida e adotada por várias empresas, porém, cada vez mais se afastou de seus clientes, se tornando mais uma das empresas que não entendem mais as necessidades de seu mercado quando se tornam mais fortes.

Mudar de servidor de hospedagem não é uma tarefa muito simples, por isso adiamos vários dias, mas cheguei no limite da paciência!

Este ano perdi a conta de quantas vezes tive problemas com atrasos de entrega de e-mails, chegando a virar piada entre as pessoas que usam o serviço.

Clientes e conhecidos que tiveram o mesmo problema, assim como eu, chegaram a conclusão de que era melhor usar o Gmail nos períodos de "crise de e-mail" do que tentar falar com o suporte, que além de totalmente despreparado, não há uma única vez que não respondia que a "culpa era da internet ou de minha rede interna". – faça uma enquete com conhecidos que usam Locaweb e vejam se não tiveram problemas semelhantes este ano (e no passado)

Mas os problemas não param nos e-mails...

Vamos lançar alguns materiais em nosso site, que eram pra sair semana passada, mas fomos impedidos pela conexão de internet da Embratel PME (que vale outro post), o que acabou adiando para segunda feira.

Ao tentar fazer up-load do material, descobrimos que nosso site estava totalmente instável, caindo e voltando. Ao falar com o suporte, disseram que era um problema no servidor e que eu deveria autorizar uma migração de servidor.

Autorizei, acertando que seria feita na madrugada de segunda para terça, mas recebi uma notificação hoje de manhã (terça) de que não poderia ser feito devido a problemas técnicos. E que eles adiaram para madrugada de terça para quarta.

Preocupado com o site, pedi então que fizessem a migração agora mesmo (hoje pela manhã), e me retornaram (as 14h40) que iniciariam agora e levaria em torno de uma hora para migrar.

As 16h30 questiono sobre a migração via chat e tenho o seguinte retorno:

(*) substitui o nome do Atendente pois ele não deve ser o responsável pelo ocorrido

Atendente Locaweb (*) 16:29:34 seu servidor teve um problema que já foi resolvido, porém por causa disto as migrações ficaram atrazadas

Leonardo 16:30:39 mas se meu servidor já teve o problema resolvido, não precisamos mais migrar, certo?

Atendente Locaweb (*) 16:31:11 precisa sim, o erro impossibilitava a migração

Atendente Locaweb (*) 16:31:23 por isso atrazou

Leonardo 16:32:14 mas vc disse que teve um problema que já foi resolvido...

Leonardo 16:32:19 precisa migrar então?

Leonardo 16:32:25 por que?

Atendente Locaweb (*) 16:32:55 isso, aí o servidor pegou a fila de migrações (que estava parada) todos serão migrados desta máquina que está com defeito

Leonardo 16:33:35 então... mas estou com uma campanha agenda pra lançar segunda feira 27 as 15h00...

Leonardo 16:33:48 já é terça 28 16h30 e ainda não lançamos... como faço?

Atendente Locaweb (*) 16:34:51 terá que aguardar de uma forma ou de outra, pois, o processo não poderá ser parado...

Atualização
(4 horas de "migração" depois)

Atendente Locaweb (*) 18:17:20Oi Leonardo, também já o atendi...

Leonardo 18:17:56 eu sei!

Leonardo 18:18:06 vc leu o que está sendo dito acima?

Leonardo 18:21:13 ?

Atendente Locaweb (*) 18:21:48 sim, continua a migração

Leonardo 18:22:06cara... quantas horas mais? não posso ficar com o site instável mais tempo

Atendente Locaweb (*) 18:23:20 não dá para saber, aguarde um momento por gentileza...

Leonardo 18:24:10 aguardo

Atendente Locaweb (*) 18:26:22 segundo as informações do responsável, o prazo é de resolução ainda hoje, no momento está em 38% da migração concluida

Leonardo 18:30:17 ainda hoje que horas? não há previsão?

Atendente Locaweb (*) 18:32:51 sem previsão, porém ainda hoje

Leonardo 18:37:43 como vc´s podem fazer uma migração deste porte sem ter previsão pra dar pro cliente?

Atendente Locaweb (*) 18:39:16 bom, senhor isso o senhor pode perguntar para o responsável diretamente no chamado, pois o suporte não faz esta operação nem tem responsabilidades sobre ela... faça o seguinte interaja no chamado e peça explicações que na mesma hora o responsável será notificado
Atualização (6 horas de "migração" e mais de 24 horas com o site fora do ar depois - e-mail da Locaweb confirmando conclusão)
A migração para o novo servidor encontra-se concluída. As novas instruções foram encaminhadas ao endereço de e-mail cadastrado em nosso sistema.

Queira por gentileza efetuar uma verificação quando ao funcionamento do site, com especial atenção a estes pontos:

Acesso aos domínios hospedados em seu plano;

Acesso ao Painel de Controle em http://painel.locaweb.com.br

Acesso ao site via FTP pelo endereço principal (ftp.dominio.com.br) e endereço alternativo (vide e-mail de instruções);

Acesso ao WebMail;

Acesso à(s) base(s) de dados MySQL e/ou PostgreSQL.

Acesso ao serviço de FTP Multiusuário e também as permissões dos usuários cadastrados. (Caso possua)


Lembramos que devido à troca de servidor, serviços dependentes de propagação de DNS podem sofrer instabilidade nas primeiras horas após a migração. Isto é normal, e desaparece no decorrer do dia.
Ou seja... se QUALQUER coisa no site não funcionar, a culpa é minha, do meu DNS, ou talvez da senhora sua mãe! Mas não da Locaweb... por que à eles, nem culpa nem responsabilidade pertecem


Tirem suas próprias conclusões!

Abraz

1.7.09

Rocco Mediate tenta o "Jesus Shot"

Conheci este case em palestra do Raphael Vasconcelos no 13º Encontro de WebDesign da Arteccom em novembro 2008.

Gosto tanto do case, que embora não seja tão novo, já usei em duas palestras que apresentei este ano, pois demonstra extrema maturidade no relacionamento das marcas com as mídias sociais.

Explico.

Um jogador de Tiger Woods PGA Tour 2008 encontrou um glitch no jogo (ou defeito na programação que permite “burlar sua realidade”) onde era possível fazer uma tacada sobre a água.

O jogador de nickname Levinator25 apelidou a jogada de “Jesus Shot” (por motivos óbvios):



Tempos depois, a EA Games iniciava as ações para lançamento da versão 2009 do Tiger Woods PGA Tour.

Em uma sacada como poucas semelhantes neste tipo de mídia (me contem as que vocês conhecem!) a EA Games respondeu ao vídeo, dizendo que aquilo não era um defeito, como o Levinator25 havia pensado:



Acho sensacional a sacada, o timing, o tipo de resposta utilizando o mesmo meio, a piada com o defeito e principalmente o retorno – o vídeo da EA Games ultrapassou o vídeo do Levinator25 em pouco tempo em audiência.

Porém, cases envelhecem, e eu já acreditava que não poderia usar novamente em uma palestra pois já estava ficando manjado, certo?

Mas a EA Games não pensou bem assim.

Caso você não saiba, o Tiger Woods é o jogador de golfe profissional número 1 no ranking mundial.

Rocco Mediate, estrela do novo vídeo da EA Games para o lançamento da versão 2010 do jogo, é o número 2 do ranking:



Tirem as próprias conclusões...

(A dica do filme novo da EA Games é da @mahemy)

30.6.09

Palestra no MBA em Marketing da Anhembi Morumbi

Segunda Feira (29) estive na Universidade Anhembi Morumbi apresentando um versão alternativa (e resumida devido ao tempo de apresentação) da minha palestra de Mídias Sociais.

Teve um sabor especial pois fui aluno da UAM tanto na Graduação quanto na Pós Graduação e estar "do outro lado do balcão" foi interessante.

Esta foi a quinta palestra que apresento, terceira deste ano. Veja todas no meu perfil no slideshare.

A de ontem, está aqui:

18.6.09

Minha palestra no 14º EDTED

Na edição de Curitiba, o 14º EDTED (Encontro de Design e Tecnologia Digital), evento promovido pela Arteccom, me convidou para abordar temas relacionados as Redes Sociais.

Focando em Redes Sociais Temáticas, apresentei desde números e tendências de mercado até cases da Red Cube sobre o assunto. A apresentação completa está disponível abaixo:



Confesso que não foi nada fácil, considerando que foi a primeira apresentação que fiz para um público deste tamanho.

Mais informações você encontra no site do evento ou no twitter, na tag do evento (#EDTED).

1.3.09

Uso de Mídias Sociais na Publicidade

Fui convidado para apresentar um workshop sobre "Uso de mídias sociais na Publicidade" no Curso de Pós Graduação em Mídias Digitais do Senac-Rio neste sábado (28/02).

Foi uma grande honra, além de uma grande responsabilidade, falar de um tema tão complexo e polêmico quanto este.

Pra minha sorte, a turma é ótima, muito receptiva e participativa, o que tornou a apresentação muito bacana... Abaixo você pode ver o material que apresentei, deixe seus comentários:



Agradeço ao pessoal do Senac e a turma da Pós de MD pela oportunidade!

Abração pra vocês!

15.2.09

Aumenta o Som...


Como eu já esperava, manter dois blogs não é fácil... Acabo me dedicando muito mais ao blog da Red Cube do que este! Não prometo nada aqui, mas vou tentar ser mais frequente...


Em janeiro o pessoal da Revista Webdesign me convidou para participar de um especial sobre a influência da música em projetos interativos.

Além de mim, vários outros profissionais participaram tornando a matéria bem interessante... vale a pena ler. (sem jabás, heheh)

Embora eu não seja um especialista, foi muito bacana responder as questões deles, e a matéria foi lançada na edição de fevereiro. Mas é claro que com tanta gente bacana na matéria, nem todas as minhas considerações foram aproveitadas, daí achei legal compartilhar com vocês...

Abaixo coloco todoas as minhas respostas, na íntegra:


Revista WebDesign
- Do canto dos passarinhos ao amanhecer ao barulho urbano ensurdecedor dos grandes centros urbanos, os estímulos auditivos são presença constante no cotidiano da sociedade moderna. Muitos profissionais têm utilizado a música como fonte de inspiração. Pensando nisso, como você procura inserir a música dentro do seu dia-a-dia profissional? Ela ajuda na criação ou pode tirar a concentração de uma equipe?

Léo Palagi - É difícil não estar imerso em música hoje em dia, por isso, se julgarmos que ela pode tirar a concentração, então estaremos diante de um grande problema. Como exemplo, a primeira coisa que fiz ao começar a responder estas perguntas foi dar play numa tag de Drum & Bass na LastFM.

O que deve ser levado em consideração são gostos musicais, e isso levo bem a sério.

Minha equipe ouve música o tempo todo e, acredite, são gostos bem heterogêneos, por este motivo incentivo bastante o uso de fones de ouvido o que, na minha opinião, além de ajudar na concentração do ouvinte ajuda também os que não querem ouvir “aquele novo hit grudento” da semana (hahahah).

Claro, há os momentos de descontração, onde alguém coloca o novo funk, o novo sertanejo ou qualquer outra coisa pra todo mundo na produção ouvir... e costuma (quase sempre) ser bem aceito pelos demais.

Revista WebDesign - O surgimento de novas tecnologias digitais proporcionou uma grande revolução na estrutura de produção e consumo da indústria musical. Dentre as principais transformações, temos a democratização da produção e da distribuição. Diante disso, quais lições esta realidade trouxe para o cotidiano do profissional que trabalha com internet?

Léo Palagi - A Internet sempre foi produzida pelos seus usuários! E isso cria uma seleção natural em seu conteúdo relevante.

O grande fato, sob a ótica da música, é que bandas que talvez nunca sairiam da garagem hoje viram grandes sucessos de público por terem acesso a este canal.

Conheci várias bandas somente através da web (conhece o Libera o Badaró? http://www.liberaobadaro.com.br ), e isso nos mostra o poder deste canal.

Não só para profissionais da web, mas para a maior parte do mercado de comunicação, a música on-line nos mostra que voltamos a época de darmos mais importância ao talento do que ao “jabá”.

E olha que nem vou citar “Malu Magalhães” nessa resposta... heheheh.

Revista WebDesign - Nos últimos anos surgiram dezenas de ambientes digitais com o foco na música, que acabaram se tornando poderosas ferramentas para formação de redes sociais. De que maneira estes ambientes podem ser integrados dentro de uma estratégia de comunicação de uma marca?

Léo Palagi - Talvez seja mais fácil pensar “de que maneira não seria”...

Um modo simples é estudar comportamento de consumidor nas redes sociais musicais.
O Last FM apresentando seus perfis musicais é um grande exemplo. Uma passada por lá pode nos mostrar os estilos de preferência de um determinado público e depois ser utilizado na estratégia de uma marca para definir o estilo musical que irá apoiar uma comunicação.

Temos ainda o blip.FM, que aliado ao Twitter nos dá informações de músicas citadas dentro de determinado assunto que está sendo comentado no momento. Novamente nos mostrando comportamento do consumidor em relação a temas e músicas.

Ainda falando sobre comportamento de consumidor, temos o MySpaces que obviamente é parada obrigatória para pesquisar o que se tem falado sobre música.

Revista WebDesign - A gravadora brasileira Trama foi uma das principais empresas do segmento a se adaptar aos novos tempos. Em manifesto publicado no site da gravadora (http://trama.uol.com.br/portalv2/noticias/index.jsp?id=9385), os presidentes André Szajman e João Marcello Bôscoli ressaltam que “a tecnologia existe para servir a música e não o contrário”. Dos MIDIs ao MP3, quais foram as principais transformações no uso de recursos sonoros na internet?

Léo Palagi - Não há muito como comparar.

Quando começamos a fazer internet simplesmente não usávamos áudio.

Ainda lembro quando gravava sons em WAV. Um arquivo enorme com uma qualidade péssima.

Hoje com a compactação e qualidade dos MP3 temos como inserir áudio em praticamente qualquer coisa, transformando a música em elemento comum da web.

Basicamente o MP3 veio para mudar a maneira como consumimos música, na web e fora dela.

Revista WebDesign - A expansão do acesso à internet via banda larga possibilitou que a criação de projetos interativos pudesse ampliar o uso de recursos de vídeo e áudio, tornando estes elementos como itens úteis para melhorar o período de experiência do usuário pelo ambiente. Que tipo de funções os recursos sonoros podem (e devem) assumir dentro de um site?

Léo Palagi - De efeitos sonoros a players de música, devemos aplicar todo tipo de recurso de áudio desde que tenhamos cautela em procurar a relevância do “barulhinho” que se coloca lá.

Antes de mais nada, deve-se entender quem é nosso público, se vamos conseguir ter foco para ele, se há motivo para termos música ou efeitos sonoros e em muitas vezes optar em não por nada, pois podemos cair de “experiência agradável” para “um baita site chato” na opinião do usuário. Sites com público abrangente demais tendem a ter teste tipo de barreira na hora de definir músicas e efeitos sonoros.

Relevância é a palavra do momento, inclusive neste fator. Sou muito cuidadoso ao decidir optar por ter ou não áudio em um projeto.

Revista WebDesign - Quais são as etapas necessárias para se incluir recursos de áudio em um site? E que tipos de conhecimentos e ferramentas um profissional precisará utilizar para trabalhar com esta funcionalidade?

Léo Palagi - As etapas acho que citei na questão anterior.

Sobre os conhecimentos para o profissional, creio que seja necessário um trabalho de uma equipe multidisciplinar na definição de recursos de áudio para um site.

Desde o pessoal da Criação que define a necessidade de ter o recurso até o Editor de Áudio que vai produzir efeitos e loops para o projeto (este precisa conhecer um bom software de edição de áudio), passando sempre por pessoas que cuidam das questões burocráticas na hora de conseguir os direitos autorais dos músicos que criaram a obra que será utilizada.

Neste caso, vale ressaltar que é muito importante entender como funcionam os contratos de cessão de direitos autorais das gravadoras ou como funciona a utilização de “trilhas brancas” que são músicas e efeitos de utilização livre que costumam estar presentes em diversos projetos que vemos por aí.

Revista WebDesign - Os podcasts tornaram-se um formato muito utilizado pela internet, inclusive em projetos envolvendo campanhas on-line de grandes marcas. Quando devemos recomendar sua criação e quais são as vantagens da utilização deste formato?

Léo Palagi -
Novamente, reforço a importância de entender o público consumidor da marca.

Se tivermos certeza de que o consumidor da marca já usa podcasts ou poderia se tornar um utilizador, basta que a campanha tenha espaço para isso.

Dois exemplos interessantes são a Tecnisa (http://www.tecnisa.com.br/institucional-podcast.html) que faz podcasts em formato informativo e a Heineken que tem um formato mais descontraído, com um set list preparado pelo Maestro Billy (www.heineken.com.br/index.php?page=podcast).

Podcast é uma maneira de aproximar o usuário da marca, que pode levar o conteúdo em seu Ipod, MP3 Player e até em seu celular.

Revista WebDesign -
Citar dois exemplos de projetos interativos que representem bons exemplos no uso de recursos sonoros pela web, justificando o porquê da escolha.

Léo Palagi -
Vou citar três:

Radio Lance – http://www.radiolance.com.br/ - Rádio Exclusivamente on-line, conta com programação diária ao vivo fazendo mix com conteúdos do Portal Lance

Tecnisa - http://www.tecnisa.com.br/institucional-podcast.html - Apresenta vários tipo de informação, de construção e decoração à tecnologia e relações com investidores

Heineken - www.heineken.com.br/index.php?page=podcast – Programa semanal com uma hora de duração apresentando set lists de diferentes Djs

Revista WebDesign -
Dentro deste especial, vamos publicar um box com uma playlist das músicas que inspiram os criativos consultados na matéria. Assim, pedimos que você indique três músicas (nome da música e nome da banda) que inspiram a sua criação.

Léo Palagi -
Só três? Pode ser trinta? Hehehe. Vamos lá, as principais seriam:

- Perfect Strangers – Deep Purple
- Porcelain Natural Blues – Moby
- Da Lama Ao Caos - Chico Science e Nação Zumbi